A diabetes tipo 1 é uma doença crónica que afeta a capacidade do organismo de converter a glicose dos alimentos em energia. Na maioria dos casos, a diabetes tipo 1 desenvolve-se precocemente no decurso da vida e é frequentemente diagnosticada durante a infância.

A doença começa quando o sistema imunitário ataca as células do pâncreas produtoras de insulina, a hormona que ajuda a converter glicose em energia para ser utilizada pelas células do nosso organismo. Sem injeções diárias de insulina, as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 não conseguiriam sobreviver.

Com base em quase 100 anos de experiência na descoberta e produção de tratamentos para pessoas com diabetes, os nossos investigadores estão a trabalhar para reduzir o número de injeções de insulina necessárias para manter um controlo glicémico adequado e prevenir episódios de baixa glicose no sangue (hipoglicemia).

O nosso derradeiro objetivo é encontrar uma cura para a diabetes tipo 1. Estamos a avançar na investigação em medicina regenerativa, nomeadamente na terapia de células estaminais, que pode um dia vir a ser utilizada como tratamento curativo para a diabetes tipo 1.

A manutenção dos níveis alvo de glicose no sangue ajuda a proteger os órgãos de lesões. Protege também as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 da hipoglicemia.

A terapêutica com insulina visa aproximar-se o mais possível da resposta natural da insulina de alguém sem diabetes, com o objetivo de ajudar as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 a manter os níveis alvo de glicose no sangue.

Quanto mais a terapêutica com insulina se aproximar da resposta natural do organismo, melhor conseguirá equilibrar os níveis de glicose no sangue.

O tratamento com insulina evoluiu significativamente e, à medida que avança, aproxima-se cada vez mais desta resposta natural da insulina. De forma ainda mais importante, estes avanços ajudaram as pessoas que vivem com diabetes tipo 1 a ultrapassar alguns dos inconvenientes associados ao tratamento e à vida com a doença.

Uma das nossas grandes ambições é desenvolver as chamadas “insulinas inteligentes”, que eliminarão eventos hipoglicémicos. Este seria o próximo grande avanço no tratamento da diabetes tipo 1. Partilhamos esta ambição com vários parceiros na comunidade científica da diabetes e trabalhamos em estreita colaboração com eles para um objetivo comum – eliminar a hipoglicemia.

Estamos cada vez mais perto da descoberta de um tratamento curativo para a diabetes tipo 1.

Juntamente com os principais centros de investigação a nível mundial, temos sido capazes de transformar células estaminais em células beta com capacidade de deteção de glicose e secreção de insulina, como as que existem no pâncreas de uma pessoa saudável. Em estudos com modelos animais, estas células estaminais transformadas curaram com sucesso ratinhos com diabetes tipo 1.

Temos feito avanços significativos e continuamos a trabalhar nos restantes desafios. Felizmente, não estamos sozinhos. Temos uma rede sólida na comunidade científica de investigação em células estaminais, que se torna mais forte a cada dia que passa.

O tratamento com insulina deve ser o mais simples possível e esta tem sido sempre a nossa filosofia. Desde melhores tratamentos a soluções digitais, esforçamo-nos por reduzir o ónus de viver com uma doença crónica e satisfazer as diversas necessidades de milhões de pessoas que vivem com diabetes tipo 1.

Dentro da diabetes tipo 1, estamos atualmente a desenvolver investigação nas seguintes áreas:

  • Insulinas com resposta à glicose
  • Dispositivos inteligentes de administração de insulina
  • Tratamento curativo com células estaminais

Através da combinação da voz de pessoas que vivem com doenças crónicas, com o nosso conhecimento científico e competências de engenharia, podemos continuar a descobrir e desenvolver insulinas e sistemas de administração inovadores.